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A troposfera é a camada mais baixa da atmosfera terrestre. Contém aproximadamente 75% da massa atmosférica e 99% do seu vapor de água e aerossóis. A espessura média da troposfera é de 12 km nas latitudes médias. É mais espessa nas regiões tropicais, podendo alcançar até 17 km de altura, e menos espessa nos polos, podendo alcançar 7 km durante o verão e tornando-se indistinta durante o inverno. A parte mais baixa da troposfera, onde a fricção dos ventos com a superfície influencia as correntes de vento, é chamada de camada limite planetária (CLP). Esta camada tem normalmente algumas centenas de metros de espessura, podendo atingir até 3 km, dependendo do relevo e da hora do dia. A região fronteiriça entre a troposfera e a estratosfera é chamada de tropopausa.[1] A palavra "troposfera" deriva do grego: "tropos" (girar, misturar), refletindo o fato de que a turbulência tem um papel importante no comportamento e estrutura da troposfera. A maior parte dos fenômenos meteorológicos que associamos com o tempo meteorológico cotidiano ocorre na troposfera.[1] Características físicas e químicas[editar | editar código-fonte]Composição[editar | editar código-fonte]A composição química da troposfera é essencialmente uniforme, praticamente idêntica à composição da atmosfera terrestre como um todo (78% de nitrogênio e 21% de oxigênio, além de outros gases em pequenas proporções), com a exceção notável do vapor de água. A fonte de vapor de água provém da superfície, por meio de processos de evaporação e transpiração. Além do mais, a temperatura da troposfera diminui com a altitude, e a pressão de vapor cai intensamente assim que a temperatura diminui. Assim, a quantidade de vapor de água que pode existir na atmosfera cai intensamente com a altitude. Assim sendo, a proporção de vapor de água na atmosfera terrestre alcança o seu pico perto da superfície e diminui com a altura. Pressão[editar | editar código-fonte]A pressão atmosférica alcança o seu máximo ao nível do mar e diminui conforme a altitude Isto é devido ao fato de que a atmosfera está muito perto do equilíbrio hidrostático. Assim sendo, a pressão atmosférica é igual ao peso do ar acima em um determinado local. As mudanças de pressão com a altitude, portanto, podem ser equacionadas à densidade com a equação hidrostática:[2] onde:
Já que a temperatura, em princípio, depende da altitude, é necessário então uma segunda equação para determinar a pressão como uma função da altura. Temperatura[editar | editar código-fonte]A temperatura da troposfera diminui com a altitude. A taxa pelo qual a temperatura cai, , é chamada de gradiente adiabático ambiental. O gradiente adiabático é nada mais do que a diferença de temperatura entre a superfície e a tropopausa dividida pela altitude. A razão para esta diferença de temperatura é que a absorção de radiação solar ocorre na superfície, aquecendo as porções mais baixas da troposfera, mas a perda de radiação pela Terra ocorre no topo da atmosfera terrestre. Este processo mantém o balanço geral térmico da Terra. As massas de ar na atmosfera sobem e descem, e também sofrem mudanças de temperatura. A taxa de mudança da temperatura em uma determinada massa de ar pode ser maior ou menor do que o gradiente adiabático. Quando uma massa de ar sobe, esta se expande, porque a pressão atmosférica é menor nas altitudes mais altas. Assim que a massa de ar se expande, desloca o ar ao seu redor, fazendo trabalho. Entretanto, a massa de ar não ganha calor do ambiente em seu torno porque a condutividade térmica é baixa (e é por isso que tal processo é denominado adiabático - não há compartilhamento de calor). Já que a massa de ar exerce trabalho e não ganha calor, perde, então, energia, e então a temperatura dessa massa de ar diminui. O processo inverso também ocorre.[1] Já que a diferença de calor (dQ) está relacionada à diferença de entropia (dS), onde dQ = T dS, a equação que governa a temperatura como uma função da altitude para uma atmosfera bem turbilhonada é: onde S é a entropia. A taxa na qual a temperatura diminui com a altura em tais condições é chamada de gradiente adiabático. Para o ar seco, que é aproximadamente um gás ideal, podemos prosseguir além. A equação adiabática para um gás ideal é:[3] onde γ é o coeficiente de expansão adiabática (γ = 7/5, para o ar). Combinando com a equação para a pressão, chegaremos ao gradiente adiabático para o ar seco:[4] Se o ar contém vapor de água, então o resfriamento do ar pode causar a condensação da água, e o comportamento da troposfera já não é mais de um gás ideal. Se o ar está saturado de vapor de água, então a taxa na qual a temperatura cai com a altitude é chamada de gradiente adiabático ambiental. Na troposfera, o gradiente adiabático ambiental é uma queda de cerca de 6,5 °C para o aumento de um quilômetro na altitude.[1] Distribuição das camadas da atmosfera segundo a pressão, temperatura, altitude e densidade O gradiente adiabático ambiental (a taxa real em que a temperatura cai com a altura, , geralmente não é igual ao gradiente adiabático de um gás ideal . Se o ar das altitudes mais elevadas é mais quente do que o previsto pelo gradiente adiabático de um gás ideal , então quando uma massa de ar sobe e se expande, vai chegar a uma nova altura a uma temperatura mais baixa do que o ar em seu torno. Neste caso, a massa de ar é mais densa do que suas vizinhanças, e então desce para a altura original, e, portanto, o ar é estável ao invés de estar sendo impulsionado para cima. Se, ao contrário, o ar das altitudes mais altas estiver mais frio do que o previsto pelo gradiente adiabático de um gás ideal , então a massa de ar sobe para a nova altura com a temperatura mais alta e com menor densidade do que as suas vizinhanças, e então irá continuar a seguir mais alto.[1][2] A temperatura cai, nas latitudes médias, de uma média de 15 °C no nível do mar para cerca de -55 °C no topo da tropopausa. Nos polos, a troposfera é menos espessa, e a temperatura cai para somente -45 °C, enquanto que nas regiões trópicas, a temperatura no topo da troposfera pode alcançar -85 °C. Tropopausa[editar | editar código-fonte]A tropopausa é a região limítrofe entre a troposfera e a estratosfera. As medições das mudanças de temperatura através da troposfera e da estratosfera podem identificar o exato local da tropopausa. Na troposfera, a temperatura diminui com a altitude. Entretanto, na estratosfera, a temperatura se torna constante, e então aumenta conforme a altitude. Então a troposfera é definida pela região fronteiriça entre regiões onde o gradiente adiabático é positivo (troposfera) e o gradiente adiabático é negativo (estratosfera).[1] Assim sendo, a tropopausa é uma região de inversão térmica, e praticamente não há mistura entre estas duas camadas da atmosfera terrestre. Referências
Qual é a maior parte dos fenômenos meteorológicos?A maior parte dos fenômenos meteorológicos acontecem sempre na troposfera. Portanto, o item B está correto. Sobre a troposfera, esta camada da atmosfera é a mais próxima da superfície terrestre. E é nela que ocorrem todos os fenômenos climáticos, como as chuvas, neve e o vento.
Onde ocorre a maior parte dos fenômenos meteorológicos como chuvas ventos deslocamento de massas de ar?Os fenômenos climáticos como chuva, vento, neve e granizo acontecem na troposfera. É nessa camada que se concentram a maior parte dos gases e a umidade atmosférica.
Qual é a camada onde ocorrem os fenômenos meteorológicos?1ª Troposfera: é a primeira camada de ar e onde vivemos. Nela ocorrem todos os fenômenos meteorológicos como ventos, furacões, chuva, raios, temporais, ondas de calor e frentes frias. É a camada onde voam os aviões. À medida que aumenta a altitude na troposfera o ar se torna mais rarefeito.
Quais são os principais fenômenos meteorológicos?Podemos citar como exemplos desses fenômenos as chuvas, raios, tempestades, neblina e a formação de nuvens. Há também os fenômenos de escala global, como o La Niña e o El Niño, por exemplo. Todos esses eventos interferem no dia a dia das pessoas, especialmente na produção agrícola.
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