Qual é o preço do óleo de cozinha?

Atualizado em 24/08/2022 - 16h20

Está cada vez mais difícil para o brasileiro manter o óleo de cozinha na cesta básica. Desde que Bolsonaro assumiu a presidência, o preço do alimento disparou rapidamente. Os moradores de São Paulo estão desembolsando uma média de R$ 9,78 para comprar 900 ml de óleo.

O valor do produto em 2022 é quatro vezes maior do que o praticado no primeiro ano do governo Lula, em 2003. Na época, o brasileiro comprava óleo de cozinha por uma média de R$ 2,43. Os dados foram obtidos pelo Reconta Aí com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com o economista e diretor do Reconta Aí, Sérgio Mendonça, para fazer uma comparação mais realista entre o óleo de cozinha do Lula e o do Bolsonaro, é preciso corrigir o valor do óleo do Lula com a inflação acumulada desses últimos 20 anos.

FIZEMOS A CONTA! O óleo em 2003, no valor de R$ 2,43, corrigido com a inflação acumulada nesses 20 anos, seria vendido em 2022 por R$ 7,69. Comparando com o óleo do Bolsonaro, que está saindo por R$ 9,70 em 2022, percebemos que o óleo de cozinha do Lula estaria 26,1% mais barato para o brasileiro.

Alguns fatores influenciam nesse aumento de preço absurdo e, um deles, é a política econômica do governo. Como estamos a mercê do (des)governo Bolsonaro, com uma política econômica terrivelmente ruim, tudo desanda. No fim das contas, os brasileiros pagam a conta.

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Procon contabilizou 2.295 atendimentos ao público realizados entre janeiro e julho deste anoPaulo Dimas/CCS PMBM

O Procon Estadual do Rio de Janeiro realizou um levantamento de preços do arroz, do feijão e do óleo de cozinha, itens que fazem parte da cesta de alimentação dos consumidores fluminenses. A pesquisa compara os valores de julho e agosto de 2022 com o mês setembro do mesmo ano. A redução foi de 2%, impulsionada pela queda média do preço do óleo, observada de agosto para setembro, que foi de 6%.

A maior redução de preço do arroz foi encontrada em Barra do Piraí, na qual uma marca apresentou queda de 47%. Outras reduções de preço foram observadas em um supermercado do Rio de Janeiro (34%) e em Cabo Frio (37%). O produto encontrado na Região dos Lagos teve maior alta analisada para desde o último levantamento (68%)

O preço do óleo caiu este mês na maioria dos estabelecimentos analisados, com reduções expressivas de 15% a 30%. A última pesquisa já havia comparado os preços de antes e depois da isenção do ICMS, determinada pelo governo estadual, e demonstrou que houve queda geral no preço do arroz e do feijão de 4% em todo o Estado.

A pesquisa é realizada para acompanhar o impacto da Lei Estadual 9391/21, que concedeu a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações internas com arroz e feijão, e passou a valer no primeiro dia de novembro do ano passado. Desde então, agentes do Procon-RJ monitoram esses itens em 34 estabelecimentos em dez municípios: Rio de Janeiro, Barra do Piraí, Macaé, Mangaratiba, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Niterói, Nova Iguaçu, Nilópolis e Nova Friburgo. O óleo passou também a ser pesquisado no último mês.

Análise da Pesquisa

Os preços do arroz, feijão e óleo no município do Rio de Janeiro reduziram em média 5%. Respectivamente, 5%, 2% e 8%, nos supermercados pesquisados nos bairros da Barra da Tijuca, Campo Grande, Grajaú, e Vila Isabel. A redução de preço do óleo chegou a ser de 30% em um supermercado na Barra da Tijuca.

Em Niterói, houve uma redução média de 3% dos preços desses produtos nos supermercados pesquisados, no entanto a redução representa uma queda do preço do arroz e do óleo (7% e 4%, respectivamente), contra uma alta de 9% do preço do feijão.

Em Barra do Piraí, o óleo teve uma queda de 10% no preço médio nos supermercados pesquisados e o arroz reduziu 4% na média geral, mas chegou a ser encontrado por um preço 47% mais em conta para a mesma marca comparada à última pesquisa. O feijão teve o preço mantido.

Em Campos dos Goytacazes, houve uma aparente alta de preços em função do arroz que estava mais caro na maioria dos supermercados averiguados. Já o feijão e o óleo foram encontrados com uma média de redução de 2% e 7%.

Na Baixada, os supermercados do município de Nova Iguaçu mantiveram estáveis os preços do arroz e reduziram em média 3% o valor do feijão e 6% o do óleo. Já os mercados de Nilópolis, reduziram em média 10% o preço do feijão, 4% o óleo e 2% o preço do arroz. Em Macaé, o óleo pode ser encontrado em média até 10% mais barato e o arroz e feijão reduziram apenas 1%.

O município de Nova Friburgo apresentou alta em todos os itens e os preços aumentaram em média 5%. Algumas marcas chegaram a 14% de aumento. Em Mangaratiba, os preços reduziram 2%.

Já em Cabo Frio, a variação percentual de um produto de uma marca para outro e entre estabelecimentos era muito grande, o que fez com que os preços somassem uma média de apenas 1% de aumento. No entanto, os consumidores poderiam encontrar preços de marcas de arroz desde 37% mais barata até 68% mais caras. O feijão e o óleo se mantiveram estáveis, com uma leve redução de 7% em um dos mercados.

Quanto custa um litro de óleo de cozinha 2022?

Somente em 2022, o valor de um dos produtos mais usados pelos brasileiros na cozinha já cresceu cerca de 20%. Esta não é a primeira onda de aumentos que circunda o óleo de soja. O mesmo litro que, hoje, é encontrado por cerca de R$ 10,00 nos supermercados bauruenses era comercializado, em 2020, pela metade do preço.

Quanto tá o óleo de cozinha hoje?

R$ 16,99 un.

Qual óleo de cozinha mais barato?

Banha de porco O produto é mais barato e, segundo uma pesquisa feita pela Faculdade União das Américas, do Paraná, é também muito mais benéfico para o organismo dos seres humanos.

Quanto custava um litro de óleo de cozinha?

O valor do produto em 2022 é quatro vezes maior do que o praticado no primeiro ano do governo Lula, em 2003. Na época, o brasileiro comprava óleo de cozinha por uma média de R$ 2,43. Os dados foram obtidos pelo Reconta Aí com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).