Qual foi o principal problema político enfrentado pelo regente Feijó?

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A Regência Trina Permanente foi eleita, em julho de 1831, pela Assembléia Geral. A Regência Trina Permanente visava o equilíbrio político e regional, foram eleitos: Costa Carvalho, moderado, representando o Sul; Bráulio Muniz, exaltado, representando o Norte, enquanto ao centro, era mantido o brigadeiro Francisco de Lima e Silva.

O padre Diogo Antonio Feijó, foi uma das pessoas de maior destaque na Regência Trina Permanente. Nomeado para o cargo de ministro da Justiça, tinha como meta garantir a ordem publica, que interessava diretamente aos moderados.

Aparentemente, a paz havia voltado ao império, no entanto, facções políticas que atuavam na época, começaram a se articular na devesa de suas idéias e reivindicações. Os choques se sucediam e os motins eram constantes, ameaçando diretamente a ordem publica. As próprias tropas convocadas para sufocar as sedições e agitações acabavam por compor-se com os agitadores, o que tornava a situação cada vez mais critica. Para conter a baderna publica foi criada a Guarda Nacional, que funcionava como instrumento de repressão das elites.

Durante a Regência Trina Permanente, surgiu a primeira medida inserida no chamado “avanço liberal”, o Código do Processo Criminal, que foi promulgado em novembro de 1832. Concedendo ampla autonomia ao poder local, uma vez que descentralizava a justiça em mãos dos juízes de paz, eleitos pela classe dominante, delegava a ele varias atribuições.

O Código do Processo Criminal, promoveu sensíveis transformações na organização jurídica do império, herança da arcaica legislação portuguesa dos tempos coloniais, destacando-se entre elas o estabelecimento do Tribunal do Júri. No entanto, as vantagens municipais seriam anuladas por outra importante medida do avanço liberal: O Ato Adicional de 1834.

O Ato Adicional foi a primeira reforma constitucional do império, e as circunstancias que marcam o seu surgimento são as mais significativas para o entendimento da onda de liberalismo que tomava conta do país e suas manifestações. A reforma constitucional foi, antes de mais nada, uma outra solução para controlar a conturbada situação política imperial.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/regencia-trina-permanente/

O Período Regencial é o momento da história do Brasil que durou da abdicação do poder por Dom Pedro I (1831) até a coroação de Pedro de Alcântara como novo imperador (1840). É marcado por intensos conflitos políticos e sociais que geraram revoltas como a Cabanagem, Sabinada, Guerra dos Farrapos e outros movimentos. As desavenças no campo político fizeram surgir partidos com propostas e interesses distintos, os liberais moderados, os liberais exaltados e os restauradores. Disputas entre essas ...

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A Regência Una de Feijó foi marcada pela eclosão de diversas rebeliões separatistas e pela ameaça à integridade do território brasileiro.

Após a elaboração do Ato Adicional de 1834 foi estabelecida a constituição de uma Regência Una, em substituição à Regência Trina dos anos anteriores. A Regência Una de Diogo Feijó, exercida entre 1835-1837, foi a primeira das duas Regências Unas que ocorreram no período regencial.

O mandatário para a Regência Una foi escolhido através de eleição direta. Naquela época apenas 1,5% da população pôde votar na escolha do regente. Tal situação era decorrente do caráter extremamente excludente do sistema político que vigorou no início do Estado independente brasileiro. O padre Diogo Feijó foi eleito com o apoio dos liberais, superando o conservador Holanda Cavalcanti, mas recebeu apenas um quarto dos votos.

O governo de Feijó teve duas características principais. A primeira foi a eclosão de diversas rebeliões separatistas pelo país. A Revolta Farroupilha, no Sul, a Revolta dos Cabanos, no Pará, a Balaiada, no Maranhão, a Revolta dos Malês e a Sabinada, na Bahia, colocaram em risco a integridade do território nacional.

No aspecto dos grupamentos políticos institucionais, destacou-se a formação de dois campos entre o grupo dos políticos moderados, que havia surgido após a abdicação de D. Pedro I. Os progressistas eram um grupo formado por membros das classes médias urbanas, clérigos e proprietários rurais do Sudeste e Sul do país. Eles apoiavam as medidas descentralizadoras presentes no Ato Adicional de 1834 e o regente Feijó.

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De outro lado, estavam os regressistas, grupo composto por grandes proprietários rurais, comerciantes, burocratas do Estado e magistrados, que defendiam uma maior centralização política, utilizando como argumento de seu posicionamento as diversas rebeliões que ocorreram no país, apontando a causa na descentralização do poder estatal.

Durante o Segundo Reinado, os progressistas dariam origem ao Partido Liberal, e os regressistas seriam a base do Partido Conservador.

A defesa do Estado centralizado tinha o objetivo de garantir a permanência da escravidão no país em um momento em que a principal potência mundial, a Inglaterra, forçava pelo fim do tráfico negreiro no oceano Atlântico. Por outro lado, o início do crescimento do café como produto de exportação colocava a necessidade de utilização da força de trabalho africana para essa lavoura.

Os conflitos enfraqueceram os progressistas e o próprio Feijó. Em 1836, ele dissolveu a Câmara dos Deputados após uma divergência política. Frente a isso, os regressistas iniciaram uma forte oposição, que resultou na renúncia de Diogo Feijó e na subida ao poder do conservador Araújo Lima.

* Imagem retirada do endereço: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Diogo-feij%C3%B3.jpg

Quais os problemas enfrentados por Feijó?

Problemas enfrentados Além da insatisfação popular, ocorreram várias revoltas e movimentos sociais durante a regência Una de Feijó. No Sul do Brasil estourou a Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), enquanto na província do Pará ocorreu uma insurreição popular, que ficou conhecida como Cabanagem.

O que marcou o período da regência de Feijó?

Para contornar as situações adversas, o Padre Feijó soube negociar algumas questões. Aceitou algumas ideias de descentralização e procurou atender solicitações populares. Ainda assim, sua regência una foi marcada por dois importantes conflitos: a Cabanagem e a Revolução Farroupilha.

Qual a causa da renúncia de Feijó?

A renúncia de Feijó Feijó tinha consciência da ameaça que os grupos de oposição ao governo representavam, especialmente os restauradores, que, ao contrário dos exaltados, detinham uma parcela do poder, pois reuniam as forças conservadoras do Senado, além de deter a tutela do príncipe herdeiro e de suas irmãs.

Como foi o governo do regente Feijó?

O autoritarismo do regente fazia aumentar a cada dia seu grupo de opositores, presente também na Câmara e no Senado. Feijó teve sua atuação bastante limitada, sendo responsabilizado pelas revoltas sociais que se espalhavam por todo o país. Sentindo-se acuado e sem respaldo político, renunciou em 19 de setembro de 1837.